Agosto Lilás: Fenapef aposta na representatividade feminina como forma de mitigar a violência contra a mulher

Criação da Diretoria da Mulher foi um grande passo para o reconhecimento e a valorização da policial federal

Fonte: Comunicação Fenapef

Data: 31/08/23

Promover ações de valorização e reconhecimento da mulher também se converte em conscientização sobre o combate à violência contra esse gênero. Esse pensamento partilhado pelos gestores da Federação Nacional de Policiais Federais (Fenapef) e do Conselho de Representantes foi o que possibilitou a criação da Diretoria da Mulher.

Para o presidente da Fenapef, Marcus Firme, a iniciativa contribui com a mitigação da violência contra a mulher ao reconhecer a importância dessa participação. “Ao promovermos essa representação estamos dando exemplo do protagonismo feminino. Isso reverbera dentro e fora da Polícia Federal e ajuda a combater percepções distorcidas sobre a capacidade da mulher ou sobre limitações do espaço que ela deva ocupar”, explica.

Já para a diretora da Mulher, Susanna do Val Moore, a participação feminina serve também para naturalizar essa presença e trazer aos espaços discussões de interesse das mulheres. “Eu acredito que tendo representantes femininas, esses espaços acabam sendo naturalmente abertos a outras mulheres, possibilitando assim a discussão de temas que dificilmente seriam tratados”, pondera.

A criação da Diretoria da Mulher, aprovada na gestão passada e implementada pela atual, ocorre em momento oportuno, visto que o contingente feminino na Polícia Federal já é considerável e em ascensão: 13% da corporação, mas incluindo o contingente de servidoras administrativas, o número aumenta para 19%. Esse quantitativo tem crescido a cada concurso realizado pelo órgão.

Outro grande passo dado pela Fenapef foi referendar essa participação às futuras gestões da entidade. Para isso, a entidade garantiu a representação feminina nas chapas eleitas que terão que contar, obrigatoriamente, com três mulheres: duas (titular e suplente) na Diretoria da Mulher e a outra em quaisquer dos 15 cargos que compõem a diretoria. A decisão foi tomada por unanimidade em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), realizada em 27 de agosto de 2021.

Nesse tempo de atuação da diretoria, os resultados estão sendo colhidos. As policiais federais já dispõem de coletes balísticos próprios e coldres que se adequam ao corpo feminino. “É importante esse olhar da administração que não havia até então. Trazer os meios adequados facilita o trabalho”, afirma Susanna.

Outros avanços já obtidos estão voltados à maternidade. Mulheres gestantes e lactantes não poderem participar de operações policiais, nem de plantões policiais e viagens fora da respectiva lotação, além da disponibilização de vagas de estacionamento para a policial gestante. 

“Isso está previsto em instrução normativa e é recente. Foi mais um avanço dentro das bandeiras da diretoria da Mulher”, ressalta a diretora.

Para a diretora, unir as servidoras da Polícia Federal, integrar as atividades administrativas às policiais, ouvir suas reivindicações, reunir e encaminhar suas demandas, estão entre os objetivos da Diretoria da Mulher. Outro anseio expressado por Susanna é mostrar que a diretoria é um ganho que visa agregar melhorias à atuação policial, tornando esse espaço em uma espécie de porto seguro, onde as mulheres se sintam acolhidas e possam participar, cada vez mais, do movimento sindical.

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