Susanna do Val: Diretoria da Mulher deve ser um local de acolhimento das mulheres da PF

Titular da mais nova diretoria da Fenapef e presidente do Sindicato de São Paulo, ela diz que é importante ter onde reunir demandas e propostas

Fonte: Comunicação Fenapef

Data: 08/03/22

Unir as servidoras da Polícia Federal que estão “espalhadas” em vários setores de diversas superintendências, ouvir suas reivindicações e reunir suas demandas. Esses são os principais objetivos da nova diretoria da Mulher da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef). A diretora, Susanna do Val Moore, assume com o desejo de fazer da nova diretoria uma espécie de porto seguro, onde as mulheres se sintam acolhidas e possam participar, cada vez mais, do movimento sindical.

Susanna, também preside o Sindicato dos Policiais Federais de São Paulo e foi eleita com 77% dos votos. A eleição foi a primeira que ela disputou, e venceu com folga, o que demonstra que a polícia e a representação sindical, embora sejam ambientes majoritariamente masculinos, já conseguem acolher e trabalhar em conjunto. Também demonstra que já não faz mais sentido a segmentação por sexo. ”O que importa é a qualidade e a capacitação do profissional”, avalia a diretora.

Hoje, as policiais femininas são cerca de 13% da corporação. Incluindo o contingente de servidoras administrativas, o número aumenta para 19%, mas o quantitativo está crescendo porque, a cada concurso, mais mulheres são aprovadas e formadas. “Ao ocupar um espaço antes inexistente, a recém-criada diretoria da Mulher vem para integrar a luta sindical, trazer o importante papel da mulher neste contexto, de forma a implementar e complementar a luta sindical de toda a categoria. Sem dúvida, é um movimento que soma para todos e o benefício será geral, além de integrar as condições específicas das mulheres da PF.“

A participação das mulheres já garantiu algumas conquistas importantes, como a compra de coletes específicos para as policiais e a abertura de cursos específicos.

Trajetória

Instrutora de armamento e tiro, de segurança de dignitários, de abordagem e de direção operacional, Susanna é uma policial destacada e uma sindicalista respeitada. Tanto que o convite para presidir o Sindicato de São Paulo surgiu naturalmente. Depois, quando a Fenapef estabeleceu a criação da diretoria, Susanna foi convidada para integrar a chapa que foi vencedora, capitaneada por Marcus Firme.

“Ter uma diretoria específica para mulheres dentro da Fenapef é uma conquista não só para as servidoras mulheres, mas para toda a corporação, porque ao permitir o desenvolvimento das especificidades, a equipe toda é beneficiada”, reforça Susanna. Ela conta que se envolveu no sindicalismo justamente quando ficou sabendo que havia um movimento de policiais femininas para que ela fosse criada. Mesmo sem cargo no sindicato, ela participou ativamente das discussões sobre a Reforma da Previdência e se destacou nas articulações no Parlamento.

A atuação definiu a entrada formal no universo sindical. Ela explica que, como diretora, pode participar de debates, encontros e audiências no Parlamento como representante da categoria. “Antes, não havia diretoria específica da mulher na Fenapef e isso fazia com que espaços importantes de defesa de toda a categoria se perdessem apenas por falta de representação feminina”, lamenta. “Com a nova diretoria, buscamos trazer união para as mulheres, porque somos muito poucas no universo da corporação, às vezes sequer nos conhecemos e precisamos ser ouvidas em questões específicas para melhorar nossas condições de trabalho”, conclui.

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