Fazer com que a voz do policial federal seja ouvida em todas as instâncias de Poder. Essa é, na avaliação do diretor Marcos Avelino, a maior atribuição da Diretoria Parlamentar da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), que ele assumiu no final do ano passado. A serenidade e a voz pausada e eloquente estão, aliás, entre as principais características do agente federal que já foi também empresário e professor, entre outras ‘missões’, como ele mesmo define. Entre elas, a diretoria que ele agora acumula com a presidência do Sindicato dos Policiais Federais do Piauí (SSDPFPI).

“A diretoria parlamentar atua no dia a dia, porque precisa estar presente onde as articulações se desenrolam e as demandas se resolvem. Esses ‘palcos’ são, principalmente, o Congresso e o Executivo, mas se expandem até o Judiciário”, detalha.

A convivência com setores distintos do mercado de trabalho, tanto no setor privado quanto público, refinou a vocação para o relacionamento interpessoal. Daí para o mundo sindical, foi um caminho sem volta. “Passei a ver a necessidade de mudar algumas coisas, ainda que respeitando o regramento existente no serviço público e o caminho para isso era a atuação sindical na Polícia Federal”, explica.

Mesmo antes de se tornar uma liderança, o já sindicalizado agente Avelino participava de assembleias e debates e seu potencial começou a ser percebido e as funções se sucederam no sindicato piauiense: foi vice-presidente e elegeu-se presidente pela primeira vez em 2018. A aproximação com a Fenapef estreitou-se naturalmente e surgiu o convite para integrar a chapa que venceu em 2021, como diretor parlamentar.

O desafio agora, segundo Avelino, é a reestruturação das Forças da União, cuja destinação de verbas na Lei Orçamentária Anual só foi possível por intensa articulação e corpo a corpo quase diário com os parlamentares. Depois, outras pautas relacionadas à defesa do policial federal. “É papel dos dirigentes defender a corporação e o servidor da PF”, conclui.