Fenapef manifesta preocupação e reitera críticas ao "Desafio PF 2025" em reunião com o diretor-geral da PF
Entidade reafirmou preocupação com as consequências que a gamificação da produtividade pode gerar no ambiente institucional
Fonte: Comunicação Fenapef
Data: 25/03/25

Em reunião com o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos, representantes da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) reiteram a preocupação com a “gamificação” da produtividade, conforme entendimento da entidade sobre o projeto “Desafio PF 2025”. O encontro aconteceu, na última sexta-feira (21), na sede da Polícia Federal, Brasília-DF, e foi convocado por solicitação da própria PF.
Ao abrir as discussões, Andrei Passos manifestou aos presentes preocupação com a repercussão negativa do desafio e explicou que o projeto faz parte do terceiro movimento institucional em busca de sanear questões importantes para o atendimento dos objetivos estratégicos da PF.
Na sequência, a corregedora defendeu o projeto ao explicar o propósito da iniciativa, destacando números dos “desafios anteriores” e os principais resultados alcançados na edição anterior.
Em resposta às explanações iniciais, os representantes da Fenapef reiteraram as preocupações com a proposta consignada no projeto, caso não sejam realizadas algumas correções, conforme defendido pelo diretor Parlamentar da Fenapef, Paulo Ayran, e o diretor Estratégia Sindical, Flávio Werneck.
“Há a necessidade de ajustes e aprimoramentos no projeto, a fim de evitar consequências prejudiciais tanto para os trabalhadores quanto para a dinâmica da instituição”, ponderou Paulo Ayran.
Outra preocupação levantada pelos representantes da Fenapef referiu-se aos possíveis impactos negativos à saúde mental dos policiais federais e ao clima organizacional que podem decorrer do desafio. Segundo o diretor Parlamentar da Fenapef, a ausência de medidas efetivas que mitiguem esses riscos no projeto pode resultar no efeito oposto ao desejado, agravando problemas como estresse, desmotivação e competitividade excessiva.
A Fenapef manifestou ainda legítima preocupação com as possíveis consequências como a criação de um ambiente tóxico, onde a colaboração entre as equipes pode ser prejudicada pela ênfase excessiva na competição. Os representantes destacaram também que a priorização de metas extremamente quantitativas pode comprometer a qualidade dos serviços prestados, levando a uma cultura de superficialidade e resultados artificiais.