Fenapef pede condições especiais de trabalho para evitar contaminação de Policiais Federais
Em ofício encaminhado à Direção Geral no dia 09 de março, entidade já alertava sobre os riscos e pedia providências
Fonte: Comunicação Fenapef
Data: 19/03/20
Antes mesmo de a Organização Mundial de Saúde (OMS) classificar a epidemia provocada pelo Covid-19 como pandemia, a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), preocupada com as condições de trabalho de seus filiados, encaminhou ofício ao Diretor Geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, pedindo a apreciação da possibilidade de implementação extraordinária de teletrabalho em todos os setores da Polícia Federal.
A decisão da Direção-Geral sobre o assunto só saiu no dia 14, quando foi editado um normativo pedindo aos servidores que tivessem viajado para o exterior que ficassem em casa. O curso de formação de novos servidores, que deveria ter começado nesta semana, também foi suspenso.
No dia 16, a Polícia Federal determinou a redução de alguns serviços de atendimento ao público. Os passaportes só serão emitidos para pessoas com viagens comprovadas nos próximos 30 dias. A regulamentação de processos de imigração só será concedida em casos excepcionais.
Porém, o atendimento nos postos de controle portuários, aeroportuários e de fronteiras está mantido e a Fenapef se preocupa com os riscos de contaminação desses policiais. Os principais questionamentos do ofício encaminhado ao Diretor Geral são sobre o procedimento a ser adotado e as rotinas para manter seguros os policiais que atuam nas atividades meio e fim. “O procedimento na Polícia Federal irá mudar, ou irá continuar o mesmo em setores de atendimento direto? Se for mudar, qual o novo trâmite a ser seguido?” questiona o documento.
“Observa-se que, em todo o mundo, estão sendo cancelados eventos públicos e aulas. Com o funcionalismo público não é diferente: estão sendo implementados os sistemas de teletrabalho e ponto facultativo durante o período de crescimento da espiral de evolução do vírus. É o que se observa-se no Brasil no presente momento”, prossegue o texto.
A Fenapef ainda não obteve resposta.