Presidente da Fenapef convoca filiados para unidade em torno da Reforma Administrativa
Em live, Boudens explica que vai ser preciso lutar para que os policiais federais permaneçam como Carreira Típica de Estado
Fonte: Comunicação Fenapef
Data: 30/10/20
Vai depender da luta e, principalmente, da união dos policiais federais a forma como a categoria será tratada na reforma administrativa proposta pelo governo federal. Durante live com o presidente do Sindicato dos Servidores do Departamento de Polícia Federal do Estado do Piauí (SSDPF-PI), Marcos Avelino, nessa quinta-feira, 29, o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Luís Antônio Boudens, alertou: “Se formos deslocados do grupo das Carreiras Típicas de Estado, ficaremos à nossa própria sorte".
A proposta de reforma administrativa encaminhada pelo governo ainda é um mistério. Ao falar em Carreiras Típicas de Estado, o texto não estabeleceu quais são as carreiras, apenas os cargos. “Isso vai, inclusive, contra a doutrina constitucional”, disse Boudens.
Para ele, a falta de precisão da proposta administrativa pode jogar os policiais federais em um fosso institucional, correndo o risco de termos apenas um cargo mantido no grupo das Carreiras Típicas de Estado. “Uma modificação que traga mais diferenciação interna, em que apenas um cargo da Carreira Policial Federal permaneceria como típico de Estado é muito grave. É um risco enorme que estamos correndo”, alertou, lembrando que sem clareza no texto, a interpretação e a regulamentação sobre o status dos policiais federais deve ficar a cargo de leis complementares ou ordinárias.
O presidente da Fenapef diz que, além de união, é preciso que a categoria insista na aprovação da Lei Orgânica da Polícia Federal. “Assim, teremos garantidos tanto os direitos dos aposentados quanto dos policiais da ativa e, principalmente, estaremos seguros de que não seremos excluídos do grupo das Carreiras Típicas de Estado”.
Notícias falsas
Boudens disse que os policiais federais precisam também usar sua própria experiência profissional para identificar, entre as notícias que circulam entre grupos de WhatsApp e redes sociais, o que é notícia e o que são Fake News. “Depois de toda a nossa luta pela manutenção da paridade e integralidade de aposentadorias e pensões e pela manutenção de nossos direitos na Reforma da Previdência, parece muito estranho que alguns ainda acreditem que podemos abandoná-los no ano seguinte e encampar projetos que possam desvalorizar o pessoal que se aposentou”, lamentou, garantindo que a Fenapef jamais prejudicaria um grupo que representa 1/3 dos filiados.
O presidente da Fenapef pediu aos colegas policiais que procurem notícias em fontes seguras: o site e as redes da Fenapef e dos sindicatos e até o contato direto com a diretoria da entidade. Em caso de informações que cheguem por meio de grupos de WhatsApp, ele deu a receita para testar a veracidade: “Procurem no Google o nome da pessoa que te mandou a informação ou confiram as referências dessa pessoa junto aos colegas do estado onde ele é lotado".
A live com o presidente do SSDPF-PI foi a primeira de uma série voltada a esclarecer dúvidas e tentar desmontar fake news que circulam em redes sociais e grupos de WhatsApp.
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