Policiais Federais se unem a movimento contra corte salarial como medida de enfrentamento à covid-19

Entidade apoia lista de propostas reunidas em documento divulgado nesta quarta-feira (25)

Fonte: Comunicação Fenapef

Data: 27/03/20

A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) se une às 148 entidades que integram o Movimento Acorda Sociedade (MAS) e repudia as propostas de redução dos salários dos servidores públicos. O movimento, que representa servidores públicos federais, estaduais e municipais, divulgou nota nessa quarta-feira (25), manifestando a contrariedade da categoria à proposta. Atualmente, o país tem 12 milhões de empregados públicos, sendo mais de 600 mil no governo federal. Mais de 15 mil são policiais federais ligados à Fenapef.

“Alguns parlamentares e partidos estão tentando emplacar uma antecipação da reforma administrativa, iniciando com a redução dos salários dos servidores públicos, aproveitando a crise mundial instalada pelo coronavírus”, avalia o presidente da entidade, Luís Antônio Boudens.

Ele lembra que algumas categorias seguem, inclusive, na linha de frente do combate à pandemia. Entre eles, profissionais de saúde e os que atuam na segurança pública – aí incluídos os policiais federais.  Já há, inclusive, casos de policiais federias lotados em áreas de risco comprovadamente contaminados pela covid-19.

A proposta de corte nos vencimentos dos servidores foi apresentada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e foi recebida com espanto pelos servidores públicos.

Ao invés da redução salarial, os servidores propõem a revisão dos  limites de gastos públicos  estabelecidos pela Emenda Constitucional 95.”Ela impede o investimento público e o próprio desenvolvimento nacional, no pós-guerra da Pandemia da Covid-19”, diz o documento, que também sugerem a suspensão do pagamento da rolagem da dívida pública por seis meses.

O documento traz outras propostas que visam a garantir liquidez suficiente para manter a economia do País saudável. “O objetivo dessas propostas é de evitar um colapso de uma depressão econômica no Brasil, com efeitos mundiais. Ninguém quer isso. Os credores não querem isso. O mercado financeiro, o agronegócio, a indústria, o comércio e setor de serviços, certamente, não desejam esse cenário. Tais medidas, serão necessárias para evitar um dano maior”, resume o documento, que conclui: “O Brasil enfrenta um grande desafio. A humanidade está enfrentando um grande desafio. É preciso grandeza dos homens públicos. Vossas Excelências são os detentores do poder político. O poder que foi conferido pelas urnas. O poder emanado do povo”.

Veja a íntegra do documento: clique aqui.

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