A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) se reuniu com entidades que também atuam em fronteiras para tratar do reajuste do Adicional de Fronteira e de Difícil Fixação. O benefício, que foi instituído como auxílio compensatório, vem se tornando insignificante por conta do índice inflacionário não corrigido.

A articulação em conjunto com as entidades ocorreu no dia 16 de agosto, em reunião on-line. Esse foi o primeiro encontro deste grupo de servidores ligados às carreiras típicas de Estado, que trabalham em áreas de fronteira e de difícil fixação, ou seja, atuam em locais não atrativos para o servidor se fixar, visto que são áreas longínquas, carentes de serviço público, insalubres e locais com custo de vida elevado.

De acordo com o representante da Fenapef na reunião, Marcos Avelino, após ação da Federação o Governo Federal aprovou o pagamento da indenização de fronteira, mas agora é preciso reajustá-la. “Essa é uma forma compensatória de ajudar o agente a se manter no local, que muitas vezes é oneroso. Com o reajuste, é possível que o policial se sinta estimulado a permanecer um pouco mais na área de fronteira ou de difícil fixação, uma vez que seria compensado por isso”, disse.

“Valorizar o servidor é, também, uma forma de atender aos interesses do Estado, pois não haveria tanta rotatividade e o trabalho teria uma continuidade”, completou o diretor da Fenapef. A maioria dos servidores que atua nessas áreas é de jovens e, geralmente, de outros estados.

Outros temas de interesse dos profissionais de fronteira foram abordados e serão, em uma próxima reunião, transformados em propostas e levados ao governo. “A Fenapef luta para garantir melhor remuneração desse importante instrumento de respeito e dignidade dos policiais federais, bem como a valorização de toda a categoria", concluiu Marcos Avelino. A questão salarial dos policiais federais também segue sendo discutida pela Fenapef.