APF que atua na Delemaph aponta necessidade de mudança em legislação ambiental

Fonte: SSDPFRJ

Data: 03/02/22

O SSDPFRJ conversou com o APF lotado na Delemaph carioca, que preferiu não se identificar para não prejudicar as investigações relacionadas ao inquérito policial instaurado pela PF do Rio. Os agentes prenderam, em flagrante, dois homens por maus-tratos de 15 girafas em um resort safari, em Mangaratiba, litoral sul do Rio de Janeiro.

De acordo com o APF, tudo indica que as girafas vieram importadas da África do Sul pelo BioParque, nome do novo zoológico carioca, que é uma concessão ao Grupo Cataratas feita pela Prefeitura do Rio. Algumas ficariam no zoológico carioca e outras seriam alocadas em outras entidades brasileiras.

“Precisamos abrir uma discussão sobre a inadequação da legislação que é também defasada . Até se o resort estivesse cumprindo a lei, o que não estava, não haveria bem-estar animal”, pontuou.

Segundo o APF, todos os mais modernos zoológicos do mundo entendem a importância do bem-estar animal. Não retiram animais silvestres da natureza. Mas o resort, onde as girafas foram apreendidas, usa os animais como atração turística e comercial.

O APF também fez questão de enfatizar que os crimes ambientais ainda sofrem resistência no próprio meio policial.

“Infelizmente, ainda são motivo de chacota. Falta dentro da polícia o entendimento que os animais são seres individualizados e senscientes. Estas girafas estão em crueldade permanente e não temos estrutura adequada para colocá-las”, alerta.

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