81 anos de PF: é hora de modernização!

Fonte: Comunicação Fenapef

Data: 28/03/25

Celebrar mais um ano de existência da Polícia Federal (PF) é sem dúvida uma satisfação para todos aqueles que integram ou integraram essa tão estimada instituição. Isso porque são oitenta e um anos de obtenção de grandes resultados para o país, em especial para a sociedade brasileira que se beneficia da manutenção da segurança e da ordem social, da desarticulação de inúmeras organizações criminosas, do retorno de um montante bilionário de recursos financeiros aos cofres públicos, apenas para citar alguns exemplos dessa primorosa atuação institucional.

Mas é claro que a conquista dessas decorrências foi e continuará a ser alicerçada na excelente prestação de serviço de um corpo funcional qualificado e capacitado para agir em situações hostis, adversas, complexas e, muitas vezes, a despeito das condições de trabalho que tenham no momento.

Por esse motivo, nessa data emblemática, é hora de desejarmos uma condição que presenteie todos, instituição e servidores, de modo efetivo: a modernização do modelo funcional no qual se estrutura. O modelo adotado pela PF ainda corresponde ao surgido no período do Brasil Império, o que não condiz com as necessidades ora enfrentadas por nossos policiais.

Esse atraso estrutural tem agravado diretamente a relação dos cargos existentes, que atuam sem equidade funcional, abrindo espaço ao favorecimento de um único cargo em detrimento das demais.  Como resultado, o adoecimento dos nossos colegas, com severas consequências à saúde mental, se tornou uma realidade do nosso efetivo.

É hora de promover a valorização dos policiais federais, base na qual se fundamenta a instituição. É hora de promover a reforma da carreira policial federal de modo que essa iniciativa ponha fim à desigualdade salarial entre os cargos e defina com transparência as reais atribuições dos cargos. É hora do estabelecimento de uma lei orgânica que regulamente e traga segurança jurídica a todas essas situações.

É hora também de romper com antigos paradigmas que impedem a evolução da rotina laboral dos policiais federais, como o modelo de investigação policial que centraliza o poder investigativo e promove o excesso de burocracia, entre outras desvantagens.

Se avançarmos nessas pautas, teremos motivos genuínos para festejar, para realizar uma celebração uníssona. Se obtivermos êxito no equacionamento dessas questões, a celebração não será restrita apenas ao âmbito institucional: será também comemorada pelo país e por toda a sociedade brasileira, que é quem mais se beneficia com uma Polícia Federal forte e atuante.

Marcus Firme dos Reis

Presidente da Fenapef

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