Teve início nesta terça, 30, o 1º Encontro Nacional da Mulher Policial Federal (1º ENMPF)

Carta da Mulher Policial Federal será construída a partir de demandas estabelecidas em pesquisa com a categoria e debatidas no evento. Entrega oficial à Direção da Polícia Federal está prevista para quarta, 31

Data: 30/07/24

A abertura do 1º Encontro Nacional da Mulher Policial Federal (1º ENMPF) foi realizada na manhã desta terça-feira (30) em Brasília. O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Marcus Firme, deu as boas-vindas às participantes. Na ocasião, reconheceu a necessidade de um evento voltado para atender a categoria feminina, estruturado para a participação exclusiva de mulheres. “Reconhecemos os desafios que as mulheres policiais federais enfrentam, por isso promovemos este encontro sindical, onde todas as regiões do país estão representadas, o que permite legitimar demandas especificas”, afirmou o presidente.

Também participaram da abertura do 1º ENMPF o vice-presidente da Fenapef, Luiz Carlos Cavalcante, a diretora da Mulher da Fenapef, atualmente licenciada, Susanna do Val Moore, e os coordenadores da iniciativa, a presidente eleita do Sindicato dos Policiais Federais do Rio de Janeiro e diretora substituta da Fenapef, Janaína Magalhães, a diretora de Seguridade Social da entidade, Karin Cristina Peiter o diretor substituto Marco Antônio Scandiuzzi. Ao todo, 31 mulheres policiais federais, representantes sindicais de cada unidade da federação, estão na capital federal.

A ex-Diretora de Gestão de Pessoas da Polícia Federal Mariana Paranhos Calderon deu início à programação ministrando a palestra cujo tema ‘A Mulher Policial e a Polícia Federal’ traçou um detalhado perfil da mulher policial federal dentro da instituição no Brasil.

Atualmente lotada na Direção de Gestão de Pessoas (DGP) da Polícia Federal em Brasília, a servidora trouxe dados estatísticos atualizados para o painel desta manhã. Entre os dados, a participação feminina na segurança pública do país. “Somos pouco mais de 13% de mulheres na Polícia Federal, os dados são de extrema relevância porque retratam a realidade e a partir deles é possível traçar metas e objetivos a serem alcançados”, argumentou.

Dando prosseguimento à programação, o segundo painel da manhã foi liderado pela advogada sindical e associativa de Direito Constitucional, Administrativo e Família, assessora do Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty), Eliane Cristina de Souza Monteiro Cesári.

A assessora do Sinditamaraty apresentou o tema ‘Estratégias Sindicais de Enfrentamento ao Assédio e à Discriminação’. O tema foi o segundo mais votado na enquete promovida pela Fenapef no mês que antecedeu o evento. A pesquisa foi realizada com mulheres da categoria. Cerca de 500 mulheres policiais federais participaram, elegendo os temas que estão sendo debatidos no ENMPF.

A representante sindical falou sobre Assédio e Discriminação Institucional, exemplificou atos verídicos de violência no Ministério das Relações Exteriores e indicadores de adoecimento, além das perspectivas e avaliação do cenário atual. Eliane compartilhou que “a atuação sindical é crucial na defesa das profissionais. É muito importante que os sindicatos sejam instrumentalizados com políticas assertivas, a atuação coletiva deve ser reconhecida, porque o assédio é uma epidemia social, cultural e organizacional”, defendeu.

Ao longo dos dois dias do encontro, o grupo de representantes sindicais estaduais irá produzir uma carta de intenções com as demandas das mulheres da Polícia Federal, em âmbito nacional. O texto denominado ‘Carta da Mulher Policial Federal’ será entregue à Direção-geral da Polícia Federal.

OUTRAS NOTÍCIAS

Flávio Dino mantém direito à redução de três anos para aposentadoria de mulheres policiais

Fenapef ratifica Condições Contratuais do Convênio Saúde Coletivo por Adesão com Seguros Unimed

Conselho Fiscal: Análise de despesas eleitorais

COMUNICADO Nº 033/2024-JUR/FENAPEF