Para diretor da Fenapef, texto da “falecida” PEC 32/2020 não corresponde às necessidades da população
O dirigente propôs ainda a reformulação da PEC 18/2025 e a criação de um fundo soberano para enfrentar o crime organizado
Fonte: Comunicação Fenapef
Data: 17/06/25
Durante audiência pública sobre a Reforma Administrativa realizada na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (17), o diretor de Estratégia Sindical da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Flávio Werneck, defendeu a revisão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18/2025, conhecida como PEC da Segurança Pública. A fala ocorreu no Dia do Servidor Público Aposentado, ponto sobre o qual Werneck iniciou sua intervenção parabenizando os aposentados e destacando a importância do serviço público.
Segundo o dirigente sindical, as demandas da população brasileira devem ser consideradas na reforma e elas são claras: combate à violência, à corrupção, ao tráfico de drogas, fim da fome e do desemprego, e acesso à saúde pública de qualidade. Para ele, a chamada “falecida” PEC 32 não responde a essas e nem a outras necessidades.
Combate ao crime organizado
Em outro ponto de sua fala, Werneck propôs a criação de um fundo soberano com os lucros oriundos das novas descobertas de petróleo no país, a exemplo do que já é feito em nações que utilizam recursos naturais como motor de desenvolvimento. Ele associou a ausência de investimento em segurança pública ao crescimento do crime organizado e apresentou dados alarmantes. De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o crime organizado lucrou R$ 146,8 bilhões com o comércio ilegal de combustíveis, ouro e tabaco. Já o roubo de celulares movimentou cerca de R$ 186 bilhões, superando até o tráfico de cocaína, que gera R$ 15 bilhões por ano.
Enquanto isso, o orçamento da Polícia Federal é de apenas R$ 10,4 bilhões e o gasto total do governo federal com segurança pública é de R$ 124,8 bilhões. "Os desafios estão colocados”, desafiou o diretor