Após longos anos de lutas sindicais lideradas pela Fenapef e Sindicatos, que culminaram na instauração de um Inquérito Civil Público pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, e posterior edição de Recomendação que antecede a propositura de ação civil pública, a Direção-geral da PF finalmente anunciou a contratação de um programa nacional de atendimento e cuidado à saúde mental dos servidores da Polícia Federal.

Em mensagem encaminhada ontem (30) através da Intranet, a Direção-geral comunica "a contratação inédita de empresa especializada em telepsiquiatria e telepsicologia, com o objetivo de garantir o acesso a todos os servidores aos tratamentos de psicoterapia e psiquiatria, incluindo um Serviço de Plantão 24h - SOS, com suporte de urgência disponível a qualquer hora."

O anúncio vem logo após um recente caso de suicídio ocorrido dentro da Delesp da SR/RJ.

O Presidente da Fenapef, Marcus Firme, enfatizou a importância da medida, mas lamentou só ter vindo depois de tantas vidas perdidas e só após Recomendação do MPF: " sem dúvida é a concretização de anos de luta da Fenapef e do sistema sindical, só lamentamos o grande número de vidas de colegas que foi perdida em razão da falta dessa estrutura e igualmente lamentamos a gestão só ter implementado após a Recomendação do Ministério Público provocada pela Fenapef. Agora iremos acompanhar a implantação do projeto e fiscalizar as suas condições".

O tema foi pauta do último Conapef e do encontro das mulheres policiais promovido pela Fenapef, e ao final de ambos os eventos, cartas foram entregues à Direção-geral.

Confira a Recomendação do MPF que fez com que a Direção-geral implementasse o programa.