A mulher tem antecedentes criminais. Já havia sido presa por porte de armas e drogas, em 2015, e aboslvida. Desta vez, ela acabou sendo autuada por tráfico internacional. A pena pode chegar a 20 anos de prisão.

De acordo com informações da Receita, a apreensão ocorreu depois que a passageira retirou a bagagem da esteira e se dirigiu ao balcão da alfândega. Em seguida, foi até o espaço em que os passageiros informam que não têm nada a declarar.

A mulher foi então detectada pelo Sistema de Reconhecimento Facial e encaminhada para entrevista e inspeção pelo scanner de bagagens. Durante a vistoria no equipamento de Raio-x, os servidores da Receita identificaram um material oculto no fundo falso da mala.

Eles acionaram os agentes da PF, que realizaram teste e confirmaram que se tratava de de droga sintética, de ação estimulante do sistema nervoso central. O entorpecente é conhecido popularmente como ice, tina, meth, speed ou cristal.

A PF ressaltou que a suspeita apresentava muito nervosismo. Tentou furar a filha e passar na frente de um padre que estava chegando de viagem e esperava para realizar os procedimentos na alfândega.

Depois de ser autuada em flagrante, a jovem seguiu para a sede da PF, na área central do Recife. No depoimento, não deu detalhes de como foi aliciada para transportar a droga nem forneceu informações de contatos na Europa. Alegou apenas que escolheu o Recife por causa do tempo de viagem.

Ela passou por exame de corpo de delito e foi levada para a Colônia Penal Feminina do Recife, na Zona Oeste. Lá, ficará à disposioção da Justiça Federal. Além da droga, foram apreendidos cartão de embarque, passaporte e um celular.

A metanfetamina é produzida na Europa, mas principalmente no Afeganistão. Os usuários cheiram, fumam ou injetam. Os efeitos, geralmente, duram cerca de 6 horas a 8 horas, mas podem permanecer por até um dia. Ela provoca perda de memória, agressão, comportamento psicótico, danos coronários e cerebrais.

O Sistema de Reconhecimento Facial começou a operar no aeroporto de internacional do Recife no primeiro trimeste deste ano. A nova ferramenta identifica passageiros de voos internacionais para serem fiscalizados e traz mais agilidade no atendimento ao viajante.

O sistema identifica automaticamente quem apresenta maior risco potencial de estar praticando irregularidades aduaneiras e outras infrações, o que permite a seleção para uma fiscalização mais aprofundada, sem interferir no fluxo de passagem dos demais passageiros.

Esta foi a 6ª apreensão de drogas feita este ano, no Aeroporto do Recife. Os agentes efetuaram seis prisões e aprenderam 15,7 quilos de cocaína, 43 quilos de skank, 5,5 quilos de haxixe.

Em 2016, foram realizadas 14 apreensões, com 14 pessoas presas. Houve a apreensão de 26 quilos de haxixe, 13,7 quilos de cocaína, 6,1 quilos de metanfetamina, além de 25,1 quilos de ecstasy.