Operação cartão vermelho combate facção criminosa na região de Santa Cruz do Sul

Fonte: Comunicação Social da Polícia Federal no Rio Grande do Sul

Data: 11/06/19

A Polícia Federal, com apoio da Polícia Civil e da Brigada Militar, deflagra, na manhã de hoje (11/06), a Operação Cartão Vermelho, que visa o combate à facção estabelecida na região. Os crimes investigados são tráfico de drogas, lavagem de capitais, sonegação fiscal e organização criminosa. Estima-se que o dinheiro movimentado pelo grupo, oriundo de roubos, contrabando, exploração de jogos e do tráfico de drogas supere o patamar de meio milhão de reais ao mês.

Participam da Operação 25 policiais federais, 20 policiais militares e 10 policiais civis com o objetivo de cumprir três mandados de prisão e cinco de busca e apreensão. Também foram obtidas quebras de sigilo bancário, sequestro de contas e restrições de veículos usados pela quadrilha.

As investigações iniciaram em outubro de 2018, quando a Polícia Federal recebeu a informação de que um automóvel estaria transportando droga para ser distribuída na região. Policiais federais realizaram a abordagem ao veículo, mas não localizaram a droga. Três homens estavam no carro e transportavam 28 mil reais em dinheiro vivo. Um deles informou que era atleta profissional de futebol e que os valores eram oriundos dessa atividade, porém, não apresentou provas dessa condição, originando o nome da Operação Cartão Vermelho. O veículo apresentava indícios de já ter sido usado para transporte de drogas (segundo detecção por acionamento de cão farejador). Os três homens foram liberados, o veículo foi retido e o dinheiro depositado em conta judicial, iniciando-se o trabalho de investigação pela Polícia Federal.

A apuração posterior indicou que um dos homens que estava no veículo teria assumido o posto de braço-direito do líder de uma facção criminosa que atua na região, após a prisão de integrantes do grupo na Operação Cúpula, da Polícia Civil.

O inquérito policial também identificou que as contas tituladas pelos implicados eram usadas para depósitos para pessoas físicas e empresas localizadas nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo, provavelmente para pagamento de fornecedores de armas e drogas.

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