PF troca chefe da escolta da campanha de Bolsonaro

Data: 20/09/18

Daniel França, criticado por não estar com o candidato no dia do atentado, foi substituído por Antonio Marcos Teixeira

Agressor confesso do candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL), Adélio Bispo de Oliveira, chegou à sede da Justiça Federal, em Juiz de Fora, sob um forte esquema de segurança. TÂNIA RÊGO/AGÊNCIA BRASIL

 

A Polícia Federal trocou, nesta terça-feira (18/9), a chefia da escolta da campanha de Jair Bolsonaro (PSL-RJ), candidato à Presidência da República, esfaqueado durante um ato da campanha, em Juiz de Fora (MG), no dia 6 de setembro. O delegado Daniel França foi substituído por Antonio Marcos Teixeira, comandante da divisão de segurança de dignitários da PF. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

O jornal informou nesta quarta (19) que Daniel França não estava na cidade acompanhando o candidato no dia do atentado. Além disso, os agentes da escolta não teriam rádio para se comunicar. Eles improvisaram enviando mensagens num grupo de WhatsApp.

Policiais federais disseram à reportagem, com a condição do anonimato, que o ideal seria a comunicação por rádio. Isso permitiria a eles ficar com as mãos livres para quando precisassem agir.

A PF disse, em nota: “rádio nem sempre é o meio de comunicação mais indicado em situações de multidão”. A nota da PF não explicou a razão da ausência de França em Juiz de Fora e disse que sua função era “viabilizar o trabalho de segurança, nem sempre realizada em campo”.

Na sexta (14), a Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais) protocolou questionamento direcionado ao diretor-geral da PF, Rogério Galloro, sobre os critérios para a escolha dos chefes das equipes responsáveis pela segurança dos pré-candidatos à Presidência.

O documento dizia que “delegados sem nenhuma experiência na função têm sido convocados para assumir a coordenação das equipes, representando risco para a atividade”. Questionada pela Folha, a PF não se manifestou sobre o documento e nem sobre a substituição na chefia.

Metrópoles

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