Há mais colecionadores, atiradores desportivos e caçadores (CACs) do que policiais no Brasil, segundo informações do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na quinta-feira (20/7), mostra que há 783.385 pessoas registradas como CACs, enquanto as forças policiais brasileiras possuem 657.385 profissionais.

Nesta sexta-feira (21/7), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), reverteu medidas assinadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que facilitavam acesso às armas.

Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o número de munições vendidas no mercado nacional, entre 2017 e 2022, cresceu 147%. No ano passado, último do governo Bolsonaro, foram vendidas 420,5 milhões de munições.

Além de liminar o número de armas permitidas para CACs, por exemplo, o decreto de Lula transferiu do Exército para a Polícia Federal as competências para sistematização e fiscalização das armas e munições.

Para o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Marcus Firme, as novas competências da PF devem ser acompanhadas de aumento no quantitativo de servidores e melhoria das condições de estrutura e logística da corporação.

“Não é razoável ampliar as atribuições sobrecarregando o policial federal que vai desempenhar a tarefa sob pena de adoecer mais a categoria e de colocar em risco a excelência do trabalho prestado por esses profissionais”, afirmou.