Após questionamento da Fenapef, Ministro da Justiça afasta empresa que iria atuar na segurança das Olimpíadas

Data: 29/07/16

O Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, anunciou nesta sexta-feira (29), no site Olimpíadas Uol, que a empresa Artel Recursos Humanos, contratada para prestar serviços de segurança durante os Jogos Olímpicos do Rio-2016, foi afastada. A empresa não tinha licença da Polícia Federal para atuar na área de segurança e o caso ganhou enorme repercussão na imprensa nacional e internacional.  

A Fenapef havia enviado nesta terça-feira (26) um ofício ao Ministro da Justiça apontando falhas na segurança das Olimpíadas e pedindo providências, a começar pela informação de que a Artel Recursos Humanos, empresa terceirizada, contratada para fazer a revista nos Jogos Olímpicos, não possuir registro na Polícia Federal. Segundo o presidente da Fenapef, Luís Boudens, isso a impediria de realizar tal atividade, porque não estaria habilitada nem autorizada por lei. 

No documento, a Fenapef pediu também uma investigação sobre a condição legal da Artel Recursos Humanos, como empresa habilitada a atuar na área de segurança privada, bem como sobre os tramites do processo para sua contratação.

Boudens pediu ainda a intervenção do Ministério da Justiça para a situação da porosidade das fronteiras terrestres e especialmente dos aeroportos, e denunciou que o scanner de mão, que utiliza sistema de envio de dados em tempo real para a Interpol para checar se o visitante está na lista de procurados pela Polícia Internacional, está sendo usado em apenas três aeroportos internacionais: Rio, São Paulo e Brasília. Com isso, o uso desse equipamento será inócuo caso o estrangeiro entre por outro aeroporto, que recebe vôos internacionais, como os de Recife, Foz do Iguaçu e Porto Alegre.

No documento o Presidente da Fenapef reiterou o compromisso de contribuir com o Ministério da Justiça e Polícia Federal durante os jogos olímpicos, seja ocupando os postos deixados por greve dos manifestantes ligados à associação de delegados, seja atuando em situações de urgência que eventualmente ocorram, sempre primando pela integridade, dignidade e bem-estar dos policiais federais brasileiros.

artel

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