PF mantém luta contra reforma na Previdência e apoia manifestações
Data: 26/04/17
A reforma na Previdência Social se tornou um dos assuntos mais discutidos e o maior alvo de manifestações atualmente em todo o país. As novas regras ditadas pelo Governo Federal apreendem todas as classes de trabalhadores do país e, de uma forma ou de outra, lhes atingem negativamente. A classe policial, por exemplo, é uma das prejudicadas e mantém uma forte luta para que ela não seja aprovada.
Segundo Marcos Vinicius Avelino, agente especial da Polícia Federal no Piauí, o que a categoria deseja é um debate democrático e que o governo apresente todos os pontos dessa reforma. Ele conta que para a categoria, da forma que está sendo feito no momento a proposta prejudica a todos os policiais.
“O que tem nos chamado muito a atenção é uma reforma traria pontos que seriam comuns ao interesse do governo e ao interesse do servidor publico e dos trabalhadores. E nesse apresentado, nós não estamos vendo os interesses dos trabalhadores. Estamos vendo tão somente o interesse do Estado”, declarou.
Marcos Vinicius aponta que todas as classes de trabalhadores irão ser prejudicadas, caso haja aprovação da reforma, porém para a dos polícias em especial é extremamente danosa. Atualmente um policial federal pode se aposentar depois de concluir 30 anos de serviços, sem limite de idade. Marcos Vinicius conta que já é um tempo considerado alto, visto que hoje um jovem não entra na polícia com 18 anos.
Com a reforma, além dos 30 anos de serviço, o policial só poderá se aposentar depois de completar 55 anos de idade. “Ninguém entra na atividade policial sem ter nível superior. Ou seja, ninguém entra com 18 anos. Se ninguém entra com 18, hoje ninguém se aposenta com 48 anos. Essa regra foi formulada da década de 70, quando os jovens ainda entravam com esta idade. Hoje a média de idade de quem entra para a polícia federal está entre 26 e 30 anos. Então, o que há hoje ai a gente nem concorda. O que nós queríamos é que o policial com 20 anos de serviço já vá diminuindo suas atividades e que tenha o direito de se aposentar”, declarou.
Com relação ao serviço público, Marcos Vinicius alerta que com as novas regras, o desemprego irá aumentar, já que os jovens não terão espaço no mercado que estará ocupado por funcionários que esperam se aposentar.
“Estamos com muito medo do que pode acontecer com o serviço público, porque com essa PEC, não oxigenará mais nada. Não haverá vagas para que um jovem possa assumir um cargo, já que ele estará sendo ocupado por uma pessoa velha que espera ter uma chance de poder se aposentar. O serviço público estará com seu quadro de funcionários envelhecido e isso vai fazer com que caia a eficiência dos trabalhos”, explicou.
O policial federal lembra que próximo dia 28 haverá uma greve geral com todas as classes trabalhadores do país, protestando contras as novas regras da Previdência. Ele afirma que a Polícia Federal, no Piauí e em todo o país, apoiará o movimento.