Fenapef, Fenaprf e OPB discutem medidas de divulgação da condição diferenciada da atividade policial
Data: 25/11/16
A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) juntamente com a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (Fenaprf) e a Ordem dos Policiais do Brasil (OPB) estiveram reunidos na manhã desta quinta-feira (10) para tratarem de novas medidas que demonstrem a condição diferenciada da atividade policial visando a manutenção da aposentadoria policial atualmente definida pela Constituição Federal.
Compareceram à reunião Magne Cristine, Diretora de Comunicação da Fenapef e Diretora da OPB, Robson Silva, Diretor do Sinpef/MG, Pedro Calvalcanti, Presidente da Fenaprf, Ricardo Sá, Diretor Financeiro da Fenaprf e Frederico França, Presidente do Sinprf e Presidente da OPB. Presentes ainda o Assistente em informática da Fenapef Júnior Calazans e representantes de empresa de comunicação.
O encontro dá prosseguimento às ações conjuntas que vem sendo desenvolvidas pelas entidades para demonstrar as condições diferenciadas de trabalho dos policiais, que incluem permanente risco de vida, estresse, adoecimentos e mortes. As novas ações debatidas incluem a elaboração de vídeos e materiais publicitários que demonstrem a atividade policial e as condições em que se desenvolvem, que se diferenciam dos demais servidores públicos. Essas condições de trabalho e aposentadoria precisam ficar claras para a sociedade e governo, evitando que seja vista como um benefício, quando é uma compensação.
Atualmente a Constituição Federal diferencia em cinco anos o tempo de aposentadoria para os servidores que exercem atividade com risco de vida, como os servidores policiais, repetindo o que se aplica mundialmente para os profissionais que atuam nas polícias. O objetivo é desenvolver medidas que evitem que o projeto de reforma da previdência anunciado pelo Governo Federal desconsidere a natureza do trabalho policial e cause prejuízos e à aposentadoria policial definida no texto constitucional.
A Organização Mundial de Saúde classifica a atividade policial como a segunda atividade mais estressante do mundo, perdendo apenas para os mineradores de carvão. Estudos apontam que a profissão de policial no Brasil é a mais estressante de todos os ofícios, uma vez que estão entre os profissionais que mais sofrem tensão no trabalho, por estarem constantemente expostos ao perigo e agressões, no enfrentamento de situações de conflito que demandam sua pronta intervenção.
Atualmente é grande o número de doenças físicas e psicológicas decorrentes do exercício da atividade e as instituições policiais em geral não dispõem de assistência psicológica ou assistência à saúde, o que agrava o quadro de adoecimentos e mortes, inclusive por suicídio A Fenapef, Fenaprf e Sinpol/DF já trabalham conjuntamente no estudo da expectativa de vida que está sendo realizado pela Fundação Getúlio Vargas - FGV.
Os representantes das entidades destacaram que a aposentadoria policial um direito que não pode ser retirado dos policiais. Uma nova reunião será realizada na próxima semana para dar continuidade aos projetos.