Presidente da Fenapef pede a brasileiros que acordem para o que acontece hoje no País

Em entrevista à imprensa que reuniu mais de 24 entidades, Luís Antônio Boudens diz que governo faz um discurso em público e negocia o oposto nos bastidores

Fonte: Comunicação Fenapef

Data: 10/03/21

“Nosso convite hoje é para esses brasileiros e para os policiais que compõem a nossa carreira e que não acordaram ainda, que acordem”. Esse foi o apelo do presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Luís Antônio Boudens, durante a coletiva de imprensa que reuniu duas dezenas de dirigentes das mais importantes entidades representativas das forças de segurança pública na manhã dessa quarta-feira (10 ), em Brasília. A entrevista foi convocada para explicar à sociedade as consequências da aprovação da PEC Emergencial (PEC 186/21) e seus “contrabandos”.
“O que está acontecendo é um discurso em público, enquanto nos bastidores é feita outra proposta, que vai abalar e muito as nossas carreiras. A mais penalizada, ao final, vai ser a sociedade brasileira. Ao contrário do que o governo prega, o Estado vai sair enfraquecido, porque vai enfraquecer seu elemento mais importante, que é o elemento humano das forças policiais”, disse Boudens.
“A sociedade está sendo abalada, está sendo manipulada, está sendo direcionada a uma compreensão errada sobre o servidor público”, prosseguiu o presidente da Fenapef, lembrando que o governo Bolsonaro se elegeu prometendo fortalecer a segurança pública. “O que nós estamos vendo, porém, são ataques frequentes a um grupo a quem o governo deveria direcionar uma atenção maior", observou.
Bolsonaro também prometeu um Estado forte mas, segundo os policiais, que se sentem abandonados e desprezados pelo governo, “não existe um Estado forte com suas polícias e suas forças de segurança enfraquecidas e desmotivadas. Assim como não existe um Estado forte com um grupo de servidores da saúde sendo destratados e abandonados nos hospitais brasileiros. Assim como não existe um País forte com sua educação abalada e sem nenhum projeto sequer que alcance a educação básica, e mesmo o ensino médio e o de graduação”, destacou o representante dos policiais federais.
“Esse é um governo que promete o fortalecimento e em que todas as atitudes vão na contramão desse fortalecimento”, concluiu Boudens.

Entidades reunidas
Ao todo, 24 entidades ligadas à segurança pública de todo o Brasil, integrantes da UPB (União dos Policiais do Brasil), se posicionaram de forma conjunta sobre a PEC Emergencial. Elas se pronunciaram em repúdio aos trechos da Proposta que podem congelar os salários de servidores públicos por até 15 anos, impedir a progressão na carreira, promoções e até a realização de novos concursos públicos.

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