UPB se mobiliza contra a Reforma da Previdência e o desmonte do serviço público

Data: 27/11/17

O vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Flávio Werneck, representou a diretoria executiva da federação em reunião da União dos Policiais do Brasil (UPB), realizada na manhã desta segunda-feira (27), em Brasília (DF). O encontro foi convocado pela insistência do Governo em avançar com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, da Reforma da Previdência.

Segundo Werneck, os policiais federais devem ficar de sobreaviso a partir de hoje (27), para eventual convocação das entidades que representam a Carreira. “A UPB se posiciona contra toda a reforma. Se observarmos um parecer favorável em relação aos parlamentares, iremos para o Congresso Nacional nos manifestar”, disse.

Questionada pela sociedade e por especialistas da área previdenciária, a PEC 287 revoga da Constituição a atividade de risco dos profissionais de Segurança Pública, afetando diretamente cerca de 250 mil servidores do setor, entre policiais federais, rodoviários federais, militares, civis e servidores penitenciários. "Um retrocesso esses servidores não terem a natureza do seu trabalho reconhecida pelo Governo. Segundo dados da UPB, cerca de 500 policiais são mortos anualmente em decorrência do trabalho, o que impacta diretamente na expectativa de vida da categoria, que é 10 anos inferior a do restante da população", destaca Werneck.

União dos Policiais Federais A União dos Policiais do Brasil (UPB), constituída por 28 entidades representativas de profissionais de segurança pública, totalizando cerca de 300 mil membros, foi criada para lutar contra o descaso do Governo Federal que desconhece as peculiaridades dos profissionais e dos órgãos de segurança pública. Principalmente sobre o texto da PEC 287, de 2016, que trata da reforma da Previdência Social, especialmente no que se refere a não contemplar a ATIVIDADE DE RISCO, hoje assegurada no inciso II, § 4o, do art.40, da Constituição Federal de 1988.

Entenda Na última semana, o presidente Michel Temer convocou jantar com parlamentares para anunciar mudanças na Proposta, na tentativa de convencer os parlamentares a votarem pela sua aprovação, em votação que deve ocorrer no dia 6 de dezembro.

O texto é considerado por entidades que representam servidores como um desmonte máquina pública e que resultará em retrocessos especialmente para os profissionais de segurança pública. "Isso tudo em um momento de crise, onde o setor deveria ser prioridade para o Governo Federal", lamenta Werneck.

A decisão do Governo de avançar com o texto da Reforma também contraria o relatório da Comissão Especial que investigou as contas da Previdência e já divulgou relatório afirmando que não há déficit para justificar a aprovação da PEC.

  Agência de Notícias Fenapef

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