Para Fenapef, resolução da Anac restringe trabalho policial

Data: 24/01/18

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou regras mais rígidas para o embarque de pessoas armadas em voos comerciais. Elas começam a valer 180 dias após a publicação. Hoje, a entrada com arma de fogo em voos comerciais é permitida a policiais federais e a servidores públicos, como policiais civis, militares e agentes penitenciários, que tenham porte em razão do seu trabalho. Há ainda uma lista sigilosa de autoridades que possuem a permissão e que deixará de existir. Com as novas regras, o embarque armado só será possível se o agente de segurança estiver a serviço e comprovar a necessidade da posse da arma a bordo. Entre as situações em que o embarque armado será autorizado estão a escolta de autoridade, testemunha ou de preso; ou participação em investigação policial que possa ser prejudicada caso o passageiro despache a arma. A regra prevê o limite de transporte de duas armas de cano curto, que não podem estar carregadas. A munição poderá ser transportada separadamente. No caso de armas longas, além de descarregadas, elas devem ser transportadas desmontadas.

Fenapef propôs mudanças à Anac

Representantes da Fenapef se reuniram com especialistas em regulação de aviação civil e técnicos de segurança da aviação civil da ANAC para assegurar o direito do embarque armado aos policiais federais em voos domésticos regulares ou charter. Para o vice-presidente da Fenapef, Flávio Werneck, a resolução restringe o trabalho do policial federal, principalmente pelo fato de a PF possuir atribuições constitucionais de polícia aeroportuária. “Temos o compromisso de manter a segurança e a ordem aeroportuária e sabemos da responsabilidade de portar uma arma durante o voo. Para isso, todos os policiais federais recebem treinamento na Academia Nacional de Polícia para compreender o que pode ou não ser feito durante situações de risco. E a reunião se deu justamente para apresentar propostas que confirmem a expertise dos servidores policiais, para que assim o embarque armado seja garantido a todos, sejam ativos ou inativos da Polícia Federal”, afirmou. De acordo com o diretor do Sindicato dos Policiais Federais (Sindipol/DF), Paulo Ayran, os policiais federais veem a medida com receio de que missões sejam prejudicadas. "Em determinadas investigações a identidade do policial precisa ser completamente preservada. Para os funcionários dos aeroportos, das companhias aéreas. A medida da ANAC inviabiliza o nosso trabalho", declarou. A diretoria da Fenapef e do Sindipol/DF aguardam uma resposta da presidência da ANAC e de representantes do Serviço Aeropolicial (SAER) para cobrar a análise e execução das propostas encaminhadas pelos representantes da Fenapef em 2017. Se a regra não for revista, as entidades vão recorrer ao Judiciário para proteger os direitos dos policiais federais. Agência Fenapef 

OUTRAS NOTÍCIAS

Governo Federal oficializa atuação da PF na segurança presidencial

Encontro com presidente eleito discute estratégias para segurança pública

Justiça Federal condena Jedeão a 41 anos de prisão, provando que...

Fenapef se reúne com GT das Fronteiras em Rondônia