A Polícia Federal em Pernambuco divulgou, nesta segunda-feira (19), a prisão do último suspeito de integrar uma quadrilha de assaltantes de caminhões dos Correios. A organização foi investigada pela 'Operação Positus', deflagrada em junho deste ano, após uma ocorrência em Pombos, no Agreste pernambucano.

O acusado foi encontrado, na sexta-feira (16), em uma residência localizada em Igarassu, no Grande Recife.  Ele já tinha sido detido anteriormente por tráfico, em 2014, e por furto qualificado, quatro anos antes. De acordo com a PF, o suspeito foi preso em virtude do cumprimento de mandado de prisão preventiva expedido pela 4ª Vara Federal. Na ação dos agentes federais, ele não ofereceu resistência. Caso seja condenado, sua pena pode variar de 4 a 14 anos de reclusão.

Após a prisão, o suspeito foi conduzido até a sede da Polícia Federal, na área central do Recife. Depois, passou por exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML), na mesma região. Seguiu para a audiência de custódia e, por fim, acabou sendo levado para o Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife, onde ficará à disposição da Justiça Federal. Ação A 'Operação Positus' ocorreu no dia 17 de junho de 2016. Quinze policiais federais, divididos em três equipes, prenderam três pessoas e cumpriram três mandados de busca e apreensão, além de um de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para prestar depoimento. Na época, faltou apenas a captura do suspeito, que acabou sendo detido na sexta-feira. A palavra “postal” provém do latim “positus”, nome dado aos postos de correio situados ao longo dos caminhos para dar descanso aos mensageiros. Investigações

As investigações tiveram início com a prisão em flagrante de um dos integrantes da organização, que participou de um assalto no dia 19 de maio deste ano, na BR-232, no município de Pombos. Na ocasião, um dos suspeitos conseguiu fugir e o outro foi preso por Policiais Militares do 21º Batalhão. Após uma perseguição, o suspeito se jogou do caminhão depois que os policiais atiraram contra o pneu do veículo, obrigando sua parada. Após a autuação do flagrante, as investigações prosseguiram no intuito de identificar os demais membros da quadrilha.

O grupo atuava com o monitoramento dos caminhões de carga de Sedex, realizando a abordagem em rodovia e mantendo o motorista da empresa em cárcere privado até descarregar as encomendas. Os presos foram autuados como incurso nas penas de roubo qualificado e formação de quadrilha, podendo a pena chegar até 18 anos de reclusão.