A Polícia Federal deflagrou, na manhã de hoje (8/11), a Operação Sinaá com o objetivo de desarticular uma rede de tráfico internacional de insumos químicos (cafeína) e cocaína. Cerca de 100 policiais federais cumprem 18 mandados de prisão preventiva, 22 de busca e apreensão e 7 de condução coercitiva, nos Estados do Pará, Pernambuco, Maranhão e Amazonas.

A investigação iniciou há oito meses e constatou que células de traficantes interligadas adquiriam insumos químicos (cafeína) para o preparo da droga, bem como praticavam o tráfico de drogas (maconha e cocaína) oriundos da Bolívia, por via terrestre, e da Colômbia, por via fluvial, para distribuição na Região Metropolitana de Belém/PA.

Os traficantes remetiam cafeína pelos correios para endereços de laranjas, que recebiam um pequeno valor para receber as encomendas e repassá-las aos traficantes. A droga oriunda da Bolívia chegava ao Estado do Pará via terrestre. Já a cocaína proveniente da fronteira Brasil/Colômbia (Tabatinga/AM e Letícia/COL) era transportada em lanchas.

A operação também contou com o apoio de efetivo da Polícia Federal do Ceará e do Amapá. Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Federal de Belém/PA e estão sendo cumpridos nos seguintes locais: Belém, Benevides, Castanhal, Barcarena, Tailândia, São Luís/MA, Recife/PE e Tabatinga/AM. Os presos responderão pelos crimes de tráfico de drogas, associação, dentre outros (artigos 33 e 35 c/c 40, I, da Lei nº 11.343/2006).

O  nome da operação Sinaá faz alusão ao mais poderoso pajé da tribo Juruna, era filho de mãe índia e pai onça. Do felino herdara o poder de enxergar também pelas costas, o que lhe permitia observar tudo o que se passava ao seu redor. Caminhava com sua gente por toda a região, ensinando a seus companheiros serem bons e bravos.  Foi um pássaro surgido do céu que os ensinou a utilizar e preparar tais alimentos e também a fazê-los multiplicar-se.