Mais um crime abala o Estado do RN. É preciso mudar a estrutura das polícias

Data: 16/08/18

Serjão Pinheiro, Diretor da Fenapef.

Sim. mais um. Entre tantos que aconteceram e vitimaram às milhares de famílias indefesas; órfãs de sucessivos governos ineptos e irresponsáveis.
Dessa feita, o estudante Benes, com escassos dezesseis anos de vida pereceu diante de uma violência completamente desenfreada.
Benes é a prova insofismável que a criminalidade não escolhe classe social etnia grau de instrução idade sexo...
Atualmente, o criminoso ou o conjunto de criminosos, não querem saber a quem atacam.
Interessa, sim, o butim dessa empreitada e no caso do estudante Benes roubaram-lhe a vida...
Eu milito no Movimento Sindical na área de Segurança Pública desde 1990, ou seja, imediatamente após a Constituição Federal garantir esse direito aos Trabalhadores Públicos.
A partir do ano citado valorosos sindicalistas participaram de centenas de eventos nacionais e internacionais tais: assembleias gerais, congressos, encontros, seminários, workshops, cursos, palestras, audiências públicas na Câmara e Senado, Assembleias Legislativas, Câmaras Municipais, no Poder Judiciário, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil, Imprensa em geral, Igrejas, Entidades co-irmãs etc. Tudo isso, nos proporcionou inteligência bastante para o encaminhamento aos governos Federal e Estaduais, das mais diversas propostas e projetos para a formatação de uma reengenharia que otimiza o fazer segurança pública em todo o país.
Emendas Constitucionais como a PEC 51 que dorme em berço esplêndido no Senado Federal é um excelente exemplo desse árduo trabalho que fazemos ao longo de décadas.
É preciso mudar a estrutura das polícias.
Não podemos enfrentar o crime organizadíssimo do século XXI - com uma estrutura de polícia do século XVIII - com o intuito único de satisfazer vaidades corporativistas de um bacharelismo contraproducente, arcaico que atravanca o caminho da justiça...
O fazer polícia requer conhecimentos científicos universais - carreira única - ciclo completo - desmilitarização - policiais permanentemente assistidos, capacitados e valorizados - gestão compartilhada - combate sistemático à corrupção policial - integração das polícias - instituição de uma inteligência policial rigorosamente estruturada e perene etc.
É preciso que o Estado Brasileiro implante de verdade uma Política de Segurança Pública.
Chega de intervenções pontuais.
Chega de reações fragmentárias diante das tragédias do cotidiano com o intuito político da visibilidade pública.
Chega de brincar com a dignidade e fundamentalmente com a vida alheia.
É preciso obter informações consistentes para fazer um diagnóstico serio no campo da segurança.
Agora, como fazer isso sem método? Sem planejamento? Sem Política? Sem o consentimento da população?
Urge por parte dos governos uma cruzada para a imediata implantação de um trabalho inteligente que recupere logo a sensação de segurança da população e com isso o aprofundamento de sua confiança no sistema.
Especialistas de verdade para isso no Brasil não faltam.
O que falta é rigorosamente vergonha na cara por parte desses governos.
Profundamente indignado ao saber que enquanto escrevia esse texto vários potiguares foram vítimas dos mais variados crimes.
Potiguar Notícias

OUTRAS NOTÍCIAS

Governo Federal oficializa atuação da PF na segurança presidencial

Encontro com presidente eleito discute estratégias para segurança pública

Justiça Federal condena Jedeão a 41 anos de prisão, provando que...

Fenapef se reúne com GT das Fronteiras em Rondônia