Indicação de Diretor Geral em lista tríplice aumenta o racha na Polícia Federal

Data: 06/06/16

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O site da BBC-Brasil publicou matéria na qual sobre a eleição por delegados de uma uma mulher para comando da PF. A eleita foi a delegada federal Érika Mialik Marena, que faz parte do grupo que conduz a Operação Lava Jato e obteve o maior número de votos de seus pares, entre os candidatos de uma lista tríplice, para a escolha do próximo diretor da Polícia Federal.

A publicação apresentou a opinião do Presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Luís Boudens, que diz que não aceita ou reconhece a indicação de uma lista tríplice. Para o presidente da federação, o diretor-geral deve ser escolhido por competência e experiência em gestão administrativa. "Aceitar a lista é permitir o apoderamento institucional da Polícia Federal. A Lava Jato é patrimônio da sociedade e não pode ser usada para atender a interesses pessoais do cargo de delegado de polícia", diz Boudens.

A matéria destacou ainda a opinião do Presidente do Sindicato dos Policiais Federais em São Paulo, Alexandre Santana Sally, que rebate com o argumento de que o Ministério Público elege sua lista tríplice por meio de uma votação com todos os servidores. "Se a categoria inteira pudesse escolher e outros servidores pudessem se eleger, seria muito mais democrático. Por que somente o cargo de delegado tem condições de exercer a direção-geral do órgão se todos os outros policiais federais também têm nível superior?", questiona.

Para Sally, o ideal seria que a escolha do diretor da Polícia Federal fosse feita pelo ministro da Justiça, caso não haja eleições com voto para todos os servidores. Ele diz que uma possível aceitação da lista tríplice atende a uma "pressão ilegal de uma única categoria" e "vai aumentar ainda mais o racha que existe dentro da Polícia Federal."

"Não defendemos o Leandro Daiello [atual diretor-geral]. Pelo contrário, temos ressalvas quanto à sua administração. Mas mexer agora na direção, no curso da Lava Jato, uma operação superimportante para a sociedade, não é salutar", afirma. Os sindicalistas dizem que a Polícia Federal já é isenta e usam como prova o sucesso da Operação Lava Jato e as investigações que atingem políticos ligados a partidos diferentes. Confira a matéria na íntegra

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