GT das Fronteiras encerra coleta de dados na região Sul

Data: 16/03/18

Foram mais de 1,2 mil quilômetros percorridos em apenas dois dias. Nem mesmo o clima chuvoso desanimou o GT das Fronteiras, grupo de trabalho formado pela Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) para realizar um diagnóstico sobre a situação das fronteiras secas do País. Na mais recente excursão do grupo, realizada entre os dias 14 e 15 de março, eles visitaram o município de Dionísio Cerqueira (SC), a cerca de 600 quilômetros de Curitiba (PR), uma das principais vias de acesso para quem deseja chegar à Argentina. A terceira viagem realizada pelo GT marca a conclusão da coleta de dados na região Sul. Antes, a comitiva visitou delegacias da Polícia Federal localizadas em municípios do Rio Grande do Sul, que fazem fronteira com o Uruguai, e na cidade de Foz do Iguaçu (PR), divisa com a Ciudad del Este, no Paraguai, rota do contrabando internacional. De acordo com o diretor de Relações de Trabalho da Fenapef, Jorge Luiz Caldas, as informações obtidas por meio de entrevistas in loco e questionários disponibilizados aos policiais federais reforçam o abandono das fronteiras brasileiras. “Falta de gestão administrativa, efetivo nas delegacias e melhores condições de trabalho”, elencou. Na avaliação do diretor adjunto da Fenapef e ex-presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Estado do Paraná, Fernando Vicentine, a expansão do crime organizado no País é resultado de anos de negligência com as fronteiras brasileiras. “Toneladas de drogas, armas, munições e produtos falsificados e de procedência desconhecida passam todos os dias. Os policiais federais e demais profissionais conhecem o problema, mas não contam com estrutura para enfrentá-la”. Segundo o diretor de Seguridade Social da Fenapef, Sérgio Pinheiro, todas as entrevistas realizadas com policiais federais e representantes de outras forças de segurança pública serão registradas e subsidiarão as lutas da Federação no âmbito das fronteiras. “As fronteiras brasileiras são estratégicas para a segurança pública, especialmente nesse momento de crise. A postura do Governo com essas áreas deve ser coerente com o discurso de que o setor é prioridade”, apontou. Os resultados obtidos na primeira etapa do GT serão detalhados na 2º edição da revista Fenapef em ação, que tem previsão de publicação em maio de 2018. GT das Fronteiras O Grupo de Trabalho que realiza diagnóstico das fronteiras brasileiras é formado pelas diretorias de Relações de Trabalho, Estratégia Sindical, Seguridade Social e por representantes da Diretoria Adjunta da Federação. Segundo o presidente da Federação, Luís Boudens, “o objetivo do projeto é unir esforços e expertises para dotar o trabalho nas fronteiras de maior eficiência”. A pesquisa realizada pelo grupo deve ser concluída ainda este ano. Comunicação Fenapef

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