Fenapef pede mudanças em chefias de segurança de autoridades

Data: 18/09/18

Ofício enviado ao diretor-geral da PF, Rogério Galloro Fenapef envia ofício ao diretor-geral Rogério Galloro solicitando a substituição de delegados sem experiência em segurança de autoridades

 

A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) questionou a Direção-Geral da Polícia Federal sobre os critérios para a escolha dos servidores que chefiam as equipes responsáveis pela segurança dos pré-candidatos à Presidência da República. Em documento protocolado na última sexta-feira (14) junto à Direção-Geral, a Fenapef informa ao diretor-geral do Órgão, Rogério Galloro, que delegados sem nenhuma experiência na função tem sido convocados para assumir a coordenação das equipes, o que representa um risco para a atividade.

Segundo o presidente da Fenapef, Luís Boudens, é fundamental que os profissionais designados para a atividade tenham conhecimento na área, saibam reconhecer quais são as ferramentas mais modernas e adequadas para a realização do trabalho, além de estar em constante atualização. A ausência desses fatores causa insegurança aos presidenciáveis e limita a atuação dos agentes. “Estamos falando de liderança, de planejamento, integração com outras forças e uma execução profissional, que atenda aos conceitos de segurança de dignitários e que diminua ao máximo os riscos de perdas na equipe de execução”.

Boudens alerta que muitas são as consequências negativas de uma nomeação de um policial federal, de qualquer cargo, para chefiar uma equipe de segurança (ou qualquer outra) sem que ele tenha os requisitos de um líder. “Pelas notícias veiculadas sobre o atentado ao candidato Jair Bolsonaro, percebe-se que equipamentos indispensáveis ao exercício da função não estão disponíveis aos policiais federais.” A falta de rádios para comunicação da equipe, por exemplo, pode ser consequência de uma escolha errada do coordenador”.

Atentado a Jair Bolsonaro A Fenapef tem sido questionada pela imprensa e pelos próprios policiais federais acerca da competência dos coordenadores de equipe e das condições de trabalho oferecidas aos policiais federais que fazem a segurança dos candidatos à Presidência.

“Nosso objetivo é defender o trabalho dos policiais federais, mas não podemos fechar os olhos para os obstáculos impostos por uma cultura corporativista, e nem nos omitir para as dificuldades que eles precisam enfrentar para desempenharem essa função tão importante”, afirma.

O presidente revela ainda que alguns candidatos já admitiram preocupação em relação à própria segurança. “Todo candidato ao cargo de presidente tem consciência da exposição ao qual está submetido e dos riscos de participar de agendas públicas, principalmente nesse momento em que a sociedade está dividida politicamente”.

Legislação O oficio enviado a Direção-Geral traz ainda o Decreto 6.381/2008, que dispõe sobre medidas de segurança aos ex-presidentes da República. Em seu art. 10, o decreto determina que “os candidatos à Presidência da República terão direito a segurança pessoal, exercida por agentes da Polícia Federal, a partir da homologação da respectiva candidatura em convenção partidária”. Ao contrário do que determina a legislação, agentes de todo País denunciam a convocação de delegados que não possuem experiência nessa atividade e sequer participam dos cursos de alinhamento que são realizados antes do início da campanha eleitoral.

“Apesar do termo “agentes” ter, nesse caso, um alcance amplo, fica clara a intenção do chefe do Poder Executivo de reservar a atividade para servidores que dispõem de conhecimento da e capacidade de liderança junto aos policiais federais, competência para elaborações de planejamento, compreensão sobre equipamentos, viaturas, integração com outras forças e uma execução profissional, que atenda aos conceitos de segurança de dignitários e que diminua ao máximo os riscos de perdas na equipe de execução”.

A Fenapef espera que, a partir do envio do ofício, a Direção-Geral possa rever os critérios para as escolhas dos coordenadores e providenciar junto ao governo solução para a falta de equipamentos. “Tal pedido busca a humanização das relações internas, o atendimento inequívoco dos comandos legais e o fiel cumprimento da doutrina aplicada na Academia Nacional de Polícia e, de forma reflexa, a preservação da credibilidade da Polícia Federal e a entrega de um serviço que atenda aos princípios que regem a Administração Pública, como o da legalidade e da eficiência.”, finalizou a Fenapef a Galloro.

Comunicação Fenapef 

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