Na manhã de hoje, 13, a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) representada pelo Presidente Luís Antônio Boudens, Vice-presidente Flávio Werneck, Diretor Parlamentar Marcus Firme, Diretor de Estratégia sindical Júlio César, Diretor de Seguridade Social Sérgio Pinheiro e Diretora de Comunicação Magne Cristine, participou do café de boas-vindas da Frente Parlamentar em Defesa da Polícia Federal, relançada por iniciativa do Deputado Celso Russomano(PRB/SP).

De acordo com o parlamentar, o objetivo da Frente Parlamentar é defender os interesses da categoria, melhorar as condições de trabalho dos seus servidores e criar leis que façam com que A Polícia Federal tenha maior eficiência em seu trabalho. “Estamos trabalhando em todos os pleitos da Polícia Federal, tanto da carreira policial, quanto administrativa, e da Instituição como um todo, e buscaremos obter sugestões de seus integrantes para que tenhamos a melhor efetividade no trabalho da Polícia Federal, para que não fique atrás das melhores polícias do mundo” explicou.

Russomano explica ainda que a frente já existia há 14 anos tendo grande influência na transformação dos cargos de Agente, Escrivão e Papiloscopista em cargos com exigência universitária para que pudessem obter um salário melhor.  “Nós trabalhamos bastante para que a polícia federal tivesse mais verbas durante os anos anteriores, trabalhamos também pelos administrativos para fazer os aumentos”. Afirmou.

Para o Presidente da Fenapef, o relançamento da Frente Parlamentar é de extrema importância para, principalmente, ajudar na compreensão do que é a Polícia Federal e a função dos seus servidores. “A primeira grande coisa que nós esperamos da Frente é que a polícia Federal seja compreendida em sua magnitude, para depois serem tomadas as medidas necessárias para sua melhoria. Nós temos na PF a polícia investigativa, a polícia judiciária, temos ainda a parte do controle e fiscalização, que em muitos aspectos é considerada abandonada, como nas fronteiras, portos e aeroportos. Temos o trabalho de controle de químicos, que é importantíssimo para a prevenção às drogas no país, e de controle e fiscalização da segurança privada, que ocupa vários profissionais da PF e é uma área de especialização de vários policiais federais, mas nenhum deles é do conhecimento geral da sociedade.  Enfim, é um mundo de atividades que nós fazemos e que não têm a divulgação ampla como na parte investigativa, tal como a operação Lava Jato”, chamou atenção.

Boudens aproveitou a ocasião para comparar o serviço da Polícia Federal com as demais polícias do mundo e citou como exemplo o FBI. De acordo com ele é o padrão que deveria ser adotado no Brasil.  “No FBI, por exemplo, a média é de um investigador para cinco servidores da carreira de apoio, todos especialistas, cada um na sua área, para ajudar no trabalho de atividade fim e na Polícia Federal do Brasil estamos muito distantes dessa realidade”.

O presidente pediu ainda para que os assuntos a serem tratados pela Frente comecem do zero ou reinicie com mesas de debates. “O objetivo maior do parlamento é promover o debate para que seja feito um mapeamento de todos os problemas, porque é difícil acreditar que a Polícia Federal, com a credibilidade que tem hoje, tenha tantos defeitos estruturais e esse é o nosso maior paradoxo. Há problemas internos que precisam ser debatidos. Nós não podemos fugir disso”, argumentou.

Já o Vice-presidente Flávio Werneck, enfatizou que as entidades representativas dos policiais federais, não delegados, são contra a PEC 412 na forma como está redigida e isto vem causando um racha interno na Polícia Federal. “Hoje os agentes, escrivães e papiloscopistas têm um diálogo muito mais próximo com as representações dos peritos e do Ministério Público, do que com as representações dos delegados de polícia. É muito importante a Frente parlamentar trazer o debate de volta, buscar essa mediação, para que se possa evoluir”, comentou.

Além da presença de vários parlamentares da Câmara dos Deputados, participaram do evento os representantes do Associação dos Peritos Criminais Federais, Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), Associação dos Papiloscopistas Policiais Federais (APCF), o Presidente da Associação Nacional dos Policiais Federais (ANSEF) João Antunes, além dos representantes dos Sindicato dos Policiais Federais, SINPEF/RS, Diretor Marcus Vinícius Aguilar Meine e o Diretor Jurídico Daniel Nascimento Teixeira; o Diretor Financeiro do SISPFEM/MA Douglas Tavares Filho; o Presidente do SINPEF/GO IVO Pereira Arruda e o Vice-Presidente do SINPEF/RN Fernando Antônio de Araújo.