Fenapef entende que Segovia extrapolou nas declarações

Data: 15/02/18

Jornal GGN - Depois da ADPF e do STF, é a vez da Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais) reclamar das declarações do diretor-geral da Polícia Federal Fernando Segovia. A Fenapef soltou nota em que criticam a postura do diretor-geral e pedem providências para que isso se esclareça.

A Federação externa sua preocupação com as declarações de Segovia, pois entra em questões internações de investigação criminal que é conduzida por um delegado e o auxílio de equipe multidisciplinar, com agentes federais, delegados, escrivães, papiloscopistas e peritos. Para a Fenapef o diretor-geral extrapolou, pois que suas funções são administrativas, e avançou no entendimento futuro do Ministério Público Federal, a quem cabe qualquer pedido de arquivamento das investigações criminais, e do Poder Judiciário, que tem a decisão final para o arquivamento ou não.

Segundo a nota, os policiais federais esperam que o diretor-geral se retrate publicamente sobre esse posicionamento, e que envie ao público interno um escalarecimento, que é o que se espera do dirigente maior da PF. Para eles, é necessário que Segovia se posicione para garantir um boom funcionamento do trabalho, sem risco de ingerências políticas nas investigações.

Leia a nota a seguir.

NOTA DE ESCLARECIMENTO A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) vem a público expressar sua discordância e preocupação com as declarações atribuídas ao Diretor-Geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, em entrevista concedida à Agência Reuters de Notícia, sobre as investigações envolvendo o atual Presidente da República.

Ao adentrar às questões internas de uma investigação criminal, conduzida por uma equipe multidisciplinar de investigação, composta por agentes federais, delegados, escrivães, papiloscopistas e peritos, o dirigente tanto extrapolou em suas funções, que são precipuamente administrativas, quanto avançou no sentido de garantir o entendimento futuro do Ministério Público Federal, a quem cabe legalmente o pedido de arquivamento de investigações criminais, e do Poder Judiciário, a quem cabe a decisão final pelo arquivamento ou não.

Os policiais federais esperam uma retratação pública desse posicionamento, além de uma mensagem dirigida ao público interno, com um firme posicionamento atrelado a um rol de condutas isentas do dirigente maior da PF, que garantam o bom funcionamento dos nossos trabalhos, sem qualquer risco de que estaríamos vivenciando uma era de ingerências políticas em nossas investigações.

O fato de desfrutar de alta credibilidade junto à sociedade brasileira obriga todos os policiais federais brasileiros a se manterem firmes na missão de ajudar a construir um País melhor, mais justo e livre da corrupção, sem partidarismos ou enlaces políticos que venham manchar a nossa conduta e a nossa reputação.

Jornal GGN

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