Brasil registra 10% dos homicídios em todo o mundo

Data: 23/03/16

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O Brasil, mais uma vez, conseguiu se superar no quesito violência. Segundo o Atlas da Violência 2016, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 10% de todos os homicídios registrados no mundo, em 2014, aconteceram no País. De acordo com o estudo, que analisou os homicídios registrados entre 2004 e 2014, os casos aumentaram 29,1% em 11 anos, pulando de 48.909 para 59.627 mortes.

O documento destaca ainda que, a partir de 2008, o número de mortes tem crescido mais em cidades menores, no interior do País, especialmente no Nordeste, do que nas metrópoles do Sul e Sudeste. Outro dado estarrecedor é com relação aos afrodescendentes. “Aos 21 anos de idade, quando há o pico das chances de uma pessoa sofrer homicídio no Brasil, pretos e pardos possuem 147% a mais de chances de ser vitimados, em relação a indivíduos brancos, amarelos e indígenas”, ressalta a pesquisa. No período estudado, houve aumento de 18,2% na taxa de homicídios de afrodescendentes e redução de 14,6% de outras vítimas. “É dramático, enquanto o índice de brancos cai, o de negros aumenta. Isso prova que os brancos são mais protegidos que os negros no Brasil”, lamentou o pesquisador Ignácio Cano, do Laboratório de Análise da Violência da Uerj. As mulheres também continuam sofrendo mais. O número de homicídios de mulheres cresceu 11,6% entre 2004 e 2014, de 3830 para 4757 casos, o que demonstra que a Lei Maria da Penha, promulgada em 2006, não pode ser o único instrumento para por fim à cultura de violência contra a mulher brasileira. O estudo comprovou que a Educação é um dos caminhos para o País sair dessa situação que envergonha e assusta. Afinal, as chances de um indivíduo com até sete anos de estudo sofrer homicídio no Brasil são 15,9 vezes maiores do que as de alguém que ingressou no ensino superior. “O que demonstra que a educação é um verdadeiro escudo contra os homicídios”, ressaltam os pesquisadores que elaboraram o Atlas da Violência.

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