Fenapef planeja eleger cinco deputados

Data: 01/03/17

Fenapef_Midia3Os policiais federais, desde as eleições municipais de 2016, estão em plena campanha interna para ampliar a bancada da segurança no Congresso.
 
Segundo Luís Boudens, presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), que representa escrivães, papiloscopistas e agentes, “até 2018, a meta é eleger cinco deputados federais”. Atualmente, a bancada da segurança tem 21 parlamentares. Esse grupo já tem 21 integrantes ocupando cargos municipais — seis prefeitos, 14 vereadores e um vice-prefeito. O objetivo, disse Boudens, é levar todo o conhecimento sobre a área de segurança ao Congresso, para que os pleitos da classe sejam acolhidos e, dentro do possível, atendidos.
 
“O momento é propício. A Operação Lava-Jato mexeu com o imaginário da população. A sociedade apoiou o combate à corrupção e esse formato investigativo da Lava-Jato, sem perda de tempo na fase inicial, que diminuiu a burocracia e fez uma aproximação com o Ministério Público e o Judiciário”, reforçou o presidente da Fenapef. O atual excesso de burocracia nos trâmites do inquérito, explicou Boudens, é uma determinação do Código de Processo Civil (CPP), de 1940. E também motivo de uma histórica e acirrada guerra com os delegados da PF, que não aceitam mudanças nesse particular.
 
Para Boudens, o debate não pode ser apenas institucional, precisa ser mais amplo, porque a lei não deve permitir que alguém que tenha a obrigação de ir ao local do crime, por exemplo, não vá, alegando falta de pessoal. “Se ele (o delegado) fosse de lá, já começariam as diligências e as investigações”, explicou. Hoje, primeiro a Polícia Militar faz um Boletim de Ocorrência (BO), o perito, o laudo, que pode demorar 30 dias, e o papel do delegado é esperar tudo isso para dar início às investigações e enviar o processo ao Ministério Público.
 
“Por isso, é importante ter um parlamentar que entenda todos os procedimentos. O objetivo não é eliminar cargos, mas a reestruturação da PF tem que passar pelo abandono das vaidades. Até porque, hoje, com tudo isso, as investigações de furtos não chegam a 2% dos casos, e as de homicídio estão abaixo dos 8%. É importante lembrar que fechamos 2016 com um total de 58 mil mortes”, complementou. Nos próximos dias, contou, haverá uma audiência com a comissão especial que analisa o Projeto de lei (PL 8.045/2010), que prevê mudanças no CPP, a pedido do deputado Aluísio Mendes (PTN-MA).

OUTRAS NOTÍCIAS

Levantamento alerta para direitos do servidor público estudante

1ª Turma mantém júri do caso Villela

Agente da PF ganha direito de remoção após ser vítima de assédio

Texto da reforma da Previdência é aprovado na CCJ