A Polícia Federal (PF) de Santa Catarina participa, nesta terça (25) e quarta-feira (26), das paralisações nacionais da categoria. Nesta manhã, segundo o Sindicato dos Policiais Federais no Estado de Santa Catarina (Sinpofesc), ocorrem manifestações em todas as delegacias da entidade. Agentes que trabalham em serviços considerados essenciais, como de passaporte e aeroportos, não estão parados, segundo o sindicato.

Em Florianópolis, os policiais fazem manifestação em frente à Superintendência da PF, na Rua Paschoal Apóstolo Pítsica. Cerca de 70 policiais federais participavam, segundo o presidente do Sinpofesc, Joel Moraes Ferreira. As delegaciais de Chapecó, Criciúma, Joinville, Dionísio Cerqueira e Lages também aderiram às manifestações.

 Conforme o presidente, os serviços de aeroportos, portos, passaporte, atendimento aos estrangeiros funcionam normalmente. Nos outros setores da PF, a adesão é à paralisação é de 90%.

Entre as reivindicações da categoria estão a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 51/2013, que reestrutura o modelo de segurança pública a partir da desmilitarização do modelo policial, a reorganização da polícia e a carreira única, em que o agente chegue à chefia por meritocracia e não por concurso público.

O Ministério do Planejamento, através de sua assessoria, afirmou que nos dois últimos anos, a categoria não aceitou a proposta de reajuste de 15,8% e não fechou acordo com o governo. A pasta afirma que, neste momento, não há margem financeira e fiscal para fazer o reajuste pedido nacionalmente, pois causaria impacto na folha de pagamento. Mas ressalta que as negociações estão abertas.

O Ministério da Justiça, responsável pela segurança pública nacional, que informou que o posicionamento cabe à própria Polícia Federal, que afirma que não irá se pronunciar sobre a greve.