Agentes, papiloscopistas e escrivães da Polícia Federal (PF) deram início, nesta terça-feira (25), à segunda etapa de manifestações das categorias, que paralisaram as atividades por 48 horas. No Recife, os policiais que aderiram ao protesto se reuniram na superintendência da corporação, no Bairro do Recife, e, em um ato simbólico, jogaram dominó, leram jornal e fizeram uma roda de samba.

A categoria reivindica melhores salários e afirma estar sem reajuste salarial desde 2009, o que também teria motivado a saída de cerca de 250 agentes por ano, segundo o Sindicato dos Policiais Federais de Pernambuco (Sinpef-PE). Outra exigência da categoria é reconhecimento do nível superior para os servidores que atuam como agentes, papiloscopistas e escrivães, o que acarretará em um aumento salarial. "Faz 18 anos que esperamos o cumprimento da lei nº 9266, onde estabelece que todos os cargos da Polícia Federal serão de nível superior", alega Marcelo Pires, presidente do Sinpef-PE

A paralisação segue até a quarta-feira (26). Com isso, os serviços essenciais serão mantidos com os 30% do efetivo que ficam à disposição para situações de urgência, a exemplo da emissão de passaporte para viagens inadiáveis. Apenas os flagrantes e os transporte de presos por ordem judicial funcionarão em regime normal.

“Vamos garantir que os 30% supram as necessidades urgentes, sem ninguém sair prejudicado. Quando acabar a paralisação, caso seja preciso uma demanda maior para o trabalho acumulado, iremos reforçar o atendimento”, disse o assessor de comunicação da PF, Giovani Santoro.

Para o segundo dia desta etapa de mobilização, os agentes prometem uma caminhada durante a manhã, partindo da superintendência do Recife até o Marco Zero, e também uma panfletagem. O movimento é nacional e a terceira e última etapa da paralisação está prevista para ocorrer nos dias 11, 12 e 13 de março.